SOBRE ESTE BLOG

Como grãos que, após cada safra, cada produção, são armazenados no celeiro, aqui o espaço para textos; seja em verso, seja em prosa. Espaço que espero venha a tornar-se profícuo na propagação de pensamentos, ideias e emoções. Aqui o celeiro.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A GRANDEZA DA PALAVRA/ THE BIGNESS OF THE WORD

A palavra, com seu imensurável poder, não consegue, em sua totalidade, transmitir aqueles sentimentos mais recônditos da alma, porém, mesmo assim, ainda é com aquela que exorcizo os meus sentimentos mais danosos à esta. Trabalhar a palavra me permite o exercício de me olhar, pois nela me externo e para fazê-lo devo ter o cuidado de me buscar antes de me expor, e nem sempre o que me encontro me parece, ou o é realmente, bom e/ou bonito. Porém, beleza mesmo é tão relativa, como tudo na vida, aliás... Enquanto divago em meio a tantas considerações verbo-sentimento, percebo que a medida exata para os sentido e efeito da palavra é o contexto. E isso agiganta a importância e poder da mesma pois, o verbo tem o desafio de ser preciso, exato, ao contexto. Isto me faz cônscia da minha pequenez diante da palavra e, sentir-me desta forma me faz buscar o meio de ao menos tentar chegar ao mínimo que a mesma permite: O senso comum da superfície verbal.

The word, with its immeasurable power, doesn't get as a whole, to communicate those deaper feelings inside the soul, however, even so, it is with the former that I exorcise my more damageable feelings to the latter. To laborate the word permit me to exercise the serching for myself before my exposition, and no frequently what I find me seems, or it is indeed, good or/and beautiful. But, beauty in fact is non absolute, as everything in life, otherwise... While I ramble, among so many considerations verb-feelings, I notice that the exact measure to the sense and effect of the word is the context. And it becomes the word power and its importance enormous, because the verb has the challenge of being precise, accurate to the context. It makes me conscious about my smallness in front of the word, and to feel like so makes me to look for a way in which I get be succed for reaching the minimum permited by it: the commom sense of verbal surface

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

DOR E MUDANÇAS

A dor nunca deve ser interpretada como dor apenas, mas também como prenúncio de mudanças, e mudanças sempre fazem bem. Elas trazem o renascimento da alma.

The sorrow never should be interpreted like just sorrow, but also like a previous state of changes, and changes always are benefic. They bring the rebirth of the soul.

Il dolore mai dev'essere interpretato come dolore soltanto, ma anche come l'avvenire dei cambiamenti, ed i cambiamenti sempre fanno bene. Loro portanno la rinascenza dell'anima.


sábado, 30 de outubro de 2010

LER O MUNDO

Sem medo da luz no olhar,

sem o espanto do reconhecimento.

Sem medo da ternura,

sem medo da emoção mais forte,

sem as amarras que cerceiam o gesto,

sem o mutismo das palavras indizíveis,

sem a hesitação...

Com a sutileza e o encanto,

Com o fascínio dos seus sentimentos.

Com o olhar que perscruta a alma.

Buscando a forma de entender o pranto,

uma fórmula para estender o riso,

uma vida para ser vivida

sem os meios termos, meias verdades,

sem metades, toda, inteira.

Todas as leituras possíveis:

Ler o mundo palimpsesticamente.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

OUSADIA/ DARING

Deixo a segurança da calçada para ousar,
para buscar emoções no espaço aberto da rua movimentada.
Deixo a rotina para quebrar a monotonia e até mesmo a cara.
Deixo de dizer para mim mesma que isso ou aquilo pode não dar certo.
Corro riscos.
Só não quero correr o risco de chegar ao ocaso da vida
sem nenhuma emoção forte,
mesmo que seja uma dor pungente;
como a vida é sempre dual, pressupõe-se antes o prazer.

I leave the security of the sidewalk to dare,
to look for emotions in the wide space of street in rush hours.
I leave the routine for breaking the monotony and even my face.
I stop to say to myself that anything I do could be failed.
I run the risks.
I just want not to run the risk of arriving at the end of life
without any strong emotion,
even though a poignant pain,
as life anyway is dual, a previous pleasure is guessed.



terça-feira, 7 de setembro de 2010

SETEMBRO


Em meio à sequidão do Planalto Central esperamos as primeiras chuvas da primavera. O ar ficará mais ameno.
Setembro é um mês especial. O amor tem cores que, em setembro, se tornam visíveis em cada por de sol, em cada flor, em cada dia de céu límpido e azul. Deixo aqui um poema para setembro.

POEMA DE SETEMBRO

Explodem cores no setembro,

tudo é vida, tudo é cor...

e, nessas explosões cromáticas,

busco minha alma,

busco minha alma,

que agoniza nas tardes

que morrem calmas.

Explodem sonhos no setembro,

mil fragmentos,

mil fragmentos...

e, nessas explosões oníricas

busco minha vida,

busco minha vida,

que se esvai nas tardes calmas

à procura do ser.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Não existe distância se a alma está perto.

Non c'è la distanza se l'anima è viccina.

There isn't distance if the soul is close.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

CORES DE JULHO













Quadro: Cálice
Ano: 2008




Em julho,
todas as cores, em todos os tons e nuances,
e um horizonte amplo a abrigar-me
todos os sonhos e planos.
Todos os desejos, transformados em luz e cor,
a transporem as fronteiras da imaginação.

Em julho,
recolho-me enquanto espraio-me,
fragmentando-me, partículas mil de mim
misturando-se em óleo e tela,
em água e sal.

Em julho,
renasço,
recrio o espaço
onde sou phoenix.