SOBRE ESTE BLOG

Como grãos que, após cada safra, cada produção, são armazenados no celeiro, aqui o espaço para textos; seja em verso, seja em prosa. Espaço que espero venha a tornar-se profícuo na propagação de pensamentos, ideias e emoções. Aqui o celeiro.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

SOBRE BRASÍLIA


Fui, agradavelmente, compelida a escrever um poema sobre Brasília. Tanto pelas pessoas que me perguntam se eu já o escrevi, quanto pelo sentimento que nutro por essa cidade. Então, aí está minha homenagem aos 50 anos de Brasília:


BRASÍLIA

Cerrado, faixas verdes, concreto.
Vias amplas que conduzem os sonhos
da mocidade no fazer moderno.

Na amplidão, que és tu,
concretizas o sonho que se fez eterno
em traços geometricamente curvos,
como o arco das almas dos primeiros candangos,
aqui chegados para te construir.
Como as linhas retas e precisas
dos que em ti se fizeram planos,
se fizeram anos e anos,
e na saudade de outros lugares
criaram o limo do apego
e aprenderam a te amar.

Na amplidão, que és tu,
os corações confrangidos
construiram o sonho do lugar idealizado
e voaram em tuas asas de norte a sul,
sob o céu mais amplo e anil jamais visto,
sob a sequidão dos dias banhados de sol inclemente
ou das noites frias entremeadas de lágrimas,
vertidas pela saudade da visão de outro azul.

Tão jovem e desde sempre tão importante
tu segues imponente através da nossa história,
acolhendo os que em ti ainda esperam,
de alguma forma, fazerem-se família,
e de alguma forma far-se-ão
pois tuas asas, abertas de norte a sul,
sempre acolhem os que em ti chegam, Brasília!

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